segunda-feira, 29 de abril de 2013

O lado bom da vida...

... Ele sabia mostrar.

Buscou-a pontualmente às 23h. Iria levá-la para conhecer um dos bares mais comentados da cidade e a casa de uns amigos. Levara tempo para convencê-la a ir, a garota parecia ser incapaz de confiar em alguém.
Algumas doses depois e ela já se mostrava bem menos inibida; talvez sua vontade de voltar para casa a tivesse deixado, finalmente. Serviu-lhe outra quantia generosa de cerveja e pediu a conta. Era hora de irem a um lugar mais animado.
Tão logo chegaram à casa de seus amigos, tratou de deixá-la à vontade; sabia o quanto a garota detestava ficar cercada de desconhecidos e tinha dificuldade para se enturmar. Talvez estivesse tendo tanto trabalho com ela apenas visando o prêmio final... Ou haveria algo mais?
De todo modo, aproveitou a primeira oportunidade para levá-la a "um lugar mais reservado". Entraram naquele quarto de luzes apagadas: ela, querendo conversa; ele, querendo sexo.
No fim das contas, percebeu que o coração daquela pequena estava uma bagunça e que dificilmente conseguiria atingir seu objetivo da noite. Mesmo assim, continuou ao seu lado e garantiu que ela tivesse a melhor noite dos últimos tempos. Deixou que dançasse, cantasse e, principalmente, bebesse. A garota curtia como se nunca houvesse experimentado a alegria de sair sem hora para voltar e aquilo o divertia. Olhando assim, meio torto, achou que ela se parecia com uma dessas crianças de festas de aniversário, que vão sem conhecer o aniversariante e passam a noite atrás dos doces. Sequer via a hora passar.
Talvez tenha sido toda a liberdade que deu a ela - a pressão, na maioria desses casos, acaba por estragar tudo -, as doses que a fez provar, a forma como a ouviu, não sabia... Mas observá-la deitada em sua cama ao fim daquela noite foi uma sensação boa. Realmente boa.

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