domingo, 23 de junho de 2013

Ainda lembrará de mim amanhã?

Haviam sido muitas horas de conversa, é verdade, mas ele sequer sabia seu nome - um apelido, fora tudo o que a garota lhe dera. Ela também estaria nessa situação, não fosse o rapaz ter mostrado seu documento no meio da festa, durante uma discussão sobre o local de nascimento da jovem. Ainda assim, era pouco para acreditar que manteriam contato.
O fato é que aquele era o último dia de sua minoridade e a garota queria aproveitá-lo. Acordara cedo para ajudar na organização de um evento anual da faculdade e desde as 6 da matina já se encontrava no campus, à espera do serviço. Concentrou-se tanto na atividade que até se assustou ao sentir o celular vibrar, indicando o recebimento de uma mensagem. Pegou-o e descobriu se tratar do tal rapaz do dia anterior - haviam trocado telefones depois da festa, mas ela não se convencera de que ele voltaria a dar notícias -, perguntando sobre a garota e o andamento do evento, sempre em seu tom brincalhão.
Conversaram até a hora em que ela terminou seu serviço. Ele, então, a chamou para visitá-lo na república onde contara morar e que ficava bem próxima ao campus. Não tendo compromissos para aquele dia, decidiu aceitar o convite.
A conversa entre os dois fluía - ele sempre a fazendo rir -, até que o rapaz precisou ir para o ensaio da bateria, a qual faria um churrasco naquela noite e ele a convidara para ir.
No fim das contas, ela arrumara um lugar e uma boa companhia para passar a última noite dos 17, que foi marcada por acontecimentos que tempo nenhum a fará esquecer.

























































sábado, 22 de junho de 2013

Drink no Inferno

Tonight, we drink in hell.

Há dias contava as horas para o fim da minoridade e ansiava por uma comemoração digna daquela data tão especial. Conseguira o ingresso da única festa do ano que, em sua opinião, tocaria música boa (a chamada 'Drink no Inferno') e tinha grandes expectativas para a noite. Mudara a cor do cabelo, arrumara-se a seu modo... Estava satisfeita consigo. Partiu, então, para a despedida de seus 17 anos.
Por mais que tentasse negar, levava dentro de si uma mistura de vontade e esperança de 'casualmente esbarrar' no garoto que vinha ocupando seus pensamentos. Talvez conversassem, talvez dançassem... Talvez rolasse. Precisava pôr fim a essas incertezas.
Andou por todo o perímetro da festa, fitou rosto por rosto à procura daqueles olhos brilhantes, mas a sorte não parecia estar a seu lado naquela noite. Por fim, resolveu dar um tempo nas buscas e curtir um pouco a música que uma linda mulher tatuada cantava em cima do palco. Mesmo assim, não conseguiu evitar dar uma espiadinha em volta, apenas para conferir... 
E foi então que o viu.
Não o garoto dos olhos brilhantes, mas uma figura que 'acidentalmente' conhecera há pouco mais de duas semanas em outra festa. Rapaz engraçado, impossível de esquecer. Andava aparentemente sozinho, rumando para sabe-se lá onde... Para falar a verdade, ninguém nunca descobriu o que ele realmente estava prestes a fazer, porque dois segundos após vê-lo a garota já o cutucara e estava puxando papo (e ele não sabe dizer para onde estava indo, já que bebera o suficiente para esquecer a festa toda rs). Incrível ver o que o álcool era capaz de fazer com a timidez dela.
E o que começou com um simples cumprimento entre recém-conhecidos resultou em uma madrugada inteira de conversa, dança e risadas. Àquela altura, ela já até se esquecera de procurar pelos olhos brilhantes.
Ao fim da festa, o não-mais-tão-desconhecido-ser ainda foi capaz de levá-la de volta à sua casa, porque a carona da garota bebera além da conta. Naquele momento, nenhum dos dois sabia, mas aquele gesto marcava o começo de uma amizade diferente de todas as que ambos já haviam tido.

Não desligue ou reinicie o blog...

... Há um zilhão de atualizações pendentes.


Em cerca de 900 horas, uma pessoa que segue uma rotina normal de vida dorme, em média, 300 horas, passa cerca de 4500 minutos comendo e divide o tempo restante entre trabalho e/ou estudos, lazer e ócio. Os meus mais de 3 milhões de segundos desde a última postagem, entretanto, foram vividos de forma muito mais interessante e peculiar... Há tanta coisa para ser contada!
Mas a falta de tempo força-me a guardar os acontecimentos do último mês apenas na mente, podendo depositar nesta penseira virtual apenas uma reduzida parcela do todo, de modo a preservar as memórias mais importantes e impedir que estas se percam.
Em todo o caso, se encontro-me a digitar estas palavras mal-escritas agora é devido à curiosidade de alguém especial, cuja presença foi fundamental nesses meus últimos milhões de segundos não relatados. Essa importante estrela do meu céu jamais poderia deixar de ser citada, pois é com ela que tenho crescido e aprendido nos últimos dias e vivido as primeiras experiências dos meus 18 anos - assim como foram, também, ao lado de toda essa luz minhas últimas com 17.
Sendo assim, as atualizações desta mente bagunçada começarão em breve. Pegue sua pipoca (ou não, se você for uma dessas pessoas que não veem graça nessa clássica companheira de filmes, rs) e sente-se, porque vai levar um bom tempo.