sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O peso das palavras

..."If I promise, boy, to you that I'll never talk again..."

Acho que um tempo longe do blog faz a gente esquecer das razões pelas quais o criamos, rs. Em um mundo onde as pessoas estão sempre mais dispostas a falar que a ouvir e, sempre que possível, colocam suas vidas e interesses antes de quaisquer outros, algumas lições são aprendidas diariamente.
Percebi hoje que, quando nos impedem de fazer ou falar algo, quando o "momento certo" parece não surgir ou você é constantemente interrompido e não consegue dizer aquelas palavras que esperava pôr pra fora, talvez não seja uma perda e sim uma oportunidade. Sim! Encaremos da seguinte forma: você ia contar para um amigo aquela coisa terrííível que uma amiga fez, porque nesse momento está muito brava com ela, brigaram feio ou sei lá. Acaba não conseguindo, por algum motivo. Dali a um tempo, vocês se resolvem e fica tudo bem - o segredo dela está seguro. Já pensou se tivesse conseguido destruir a imagem dela pro seu amigo?
O exemplo foi bastante pobre, mas se desse um melhor acabaria sendo real rs 
Quis apenas ilustrar que essas situações podem ser para o nosso bem, para termos a oportunidade de pensar duas vezes antes de agir/falar.
Além disso, de que vale recitar a Bíblia a ateus? Contar suas conquistas, medos ou o que for a quem pouco se importa com isso é um desperdício de saliva. Mais vale guardar para si que jogar ao vento e receber a mesma reação que uma parede lhe daria. Se precisa tanto desabafar, faça como eu e escreva! rs Um blog, uma cadernetinha, um diário, não importa; coloque pra fora o que achar necessário, mas sem perder tempo com pessoas limitadas que somente se interessam em lhe usar de ouvido, sem nunca lhe emprestar o próprio.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Até a volta - uma continuação.

Quando penso que a Vida já esgotou sua cota de surpresas para mim, que a mesma não é capaz de novamente fazer meu queixo cair, sinto-o bater pesadamente em meu pé, presenteando-me com um novo hematoma. Mais de sete meses longe das postagens e, ao voltar, deparo-me com uma postagem messiânica! Quem poderia imaginar?! rs

Este netbook que há tempos não sabia o que era ser ligado teve sua rotina modificada hoje para que eu tentasse fazer algo que a nossa diferença de continentes não me permite fazer com frequência: conversar com meu namorado olho-no-olho. Obviamente não é a mesma coisa e já sinto falta de fazê-lo pessoalmente - mesmo estando há tão pouco tempo distante dele -, mas ajuda a acalmar a fúria do bichinho da saudade. Infelizmente isso não foi possível, devido a problemas com o WiFi dele, mas aproveitei que esta belezinha já estava ligada e resolvi FINALMENTE matar a saudade do meu querido blog. 
Eis que, curiosa por saber o que se passava na minha mente nas últimas vezes em que passei por aqui, dou de cara com um texto de novembro que, com poucas modificações, descreve exatamente o que eu pretendia postar hoje!! haha
O link para o dito cujo é esse: http://www.antitesecompernas.blogspot.com.br/2013/11/ate-volta.html , a leitura da postagem nele contida permite o entendimento completo desta.
Não quer ler? Sem problemas, pode ficar boiando aí.
Leu tudinho? Ok, continuemos.
Se eu já me sentia sozinha na sua ausência tendo você há 6 meses na minha vida, imagina agora que tenho há quase 15! É inexplicável alguém fazer parte de mim desse jeito, eu não deveria permitir! Mas você nunca perguntou se eu deixava, não é? rs Não pediu licença para chegar no meu mundo e derrubar todas as minhas crenças e certezas, não veio com um manual nem uma lista de advertências - tive que aprender a lidar dia após dia com cada uma das suas questões -, não me deu outra escolha a não ser me apaixonar perdidamente por você. É, meu querido, você faz parte do grupo das pessoas que eu mais admiro: o grupo dos que ACONTECEM E FAZEM ACONTECER. 
E como acontece com tudo que é absurdamente bom, ao te provar eu quis mais. E mais, e mais, e mais... Até me encontrar completamente viciada e dependente da sensação de bem-estar que você me proporciona! Se alguém me alertasse logo no início, talvez eu tivesse tentado parar, talvez eu até tivesse conseguido e não me encontrasse hoje tomando porres de você, me embriagando do seu perfume que permanece impregnado nos meus bichinhos de pelúcia... Mas isso não aconteceu, então deixemos de lado o 'talvez' e lidemos com os fatos:
- O fato de que estamos a mais de 9000 km de distância;
- O fato de que você ainda vai demorar pelo menos um ano pra voltar;
- O fato de que o fuso aí é 5h adiantado e isso reduz significativamente o tempo que temos para manter contato ao longo do dia;
- O fato de que durante vários dias sofremos com a questão de você só ter internet quando está enfiado num quarto, o que reduz ainda mais as nossas chances de manter diálogos ao longo do dia, como sempre amamos fazer;
- O fato de que outras coisas e pessoas ocuparão as horas dos nossos dias que antes eram dedicadas ao namoro;
- O fato de que eu não sei como vou fazer para voltar da aula de CDI na quinta sem você para me proteger dos bandidos da noite, haha;
- O fato de que eu não vou ter a sua companhia para cozinhar, ver filmes, ir às festas, meditar, ir ao banco, ao supermercado, ao shopping, a qualquer lugar do universo fazer qualquer coisa - nada, nada, nada, depois de mais de um ano com você ao meu lado para tudo, tudo tudo;
- O fato de que nada parece ter a mesma graça sem você;
- O fato de que esse ano vai ser mais difícil para mim do que qualquer um pode supor, porque ninguém mais sabe exatamente como eu me sinto em relação a você;
- O fato de que, mesmo assim, eu não vou desistir de você, de nós.
Eu nunca enfrentei um desafio como esse nem sonhei que enfrentaria um dia, mas ele apareceu na minha vida e não estou disposta a perdê-lo. Desde o início da sua viagem já tivemos altos bem altos e baixos bem baixos, mas caminhamos a cada dia para multiplicar e elevar os altos e fazer com que os baixos se tornem cada vez mais raros e mais distantes do nível do mar. Amadurecemos juntos, procuramos maneiras de melhorarmos para nós e para o outro, buscamos uma forma eficiente de tornar as brigas uma raridade, queremos paz: o amor já temos de sobra!
Dessa maneira, não vejo motivos para isso não dar certo, para essa alegria ter fim. Quando pessoas se unem com um mesmo objetivo e dão tudo de si para que ele seja alcançado, quem pode pará-las? :) Confia em mim, meu amor, o livro da nossa história vai ter um final feliz! rs
Com base nisso, sinto-me confiante para encerrar esta postagem com um trechinho daquela do link, pois depois de quase 9 meses essas palavras permanecem verdadeiras:

"Meu Vício, volta logo pra perto de mim, que ficar sem você faz com que eu me sinta como um viciado sem sua droga; nada é capaz de preencher a sua ausência. Volta, que ao chegar vai ser recebido com o amor que sua menina sempre terá para lhe oferecer.
Até a volta, meu amor.[...]"

Eu tchamo.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Aquela foto...

... De nós dois permanece aqui, em minha parede, tão pálida e muda quanto eu. Bem sabes que a coloquei ao alcance dos olhos para poder buscar-te sempre que se fizesse necessário. Entretanto, hoje encontrei nela outra utilidade e acho que concordarás comigo que a mesma deve ali permanecer depois do que direi.
Hoje mais cedo, durante nossa pesada conversa sobre aquele assunto que gera uma quase guerra entre homens e mulheres, as desculpas masculinas e a não-aceitação por parte das parceiras que insistem em querer o que consideram "respeito", por alguns momentos me entristeci. Não sei se contigo ou com a situação em si, mas por um breve instante deixei que as lágrimas caíssem sobre o travesseiro ao som de uma música que falava sobre ser melhor para quem se ama.
Eu provavelmente ainda estaria me sentindo para baixo, não fosse a visão do teu rosto sorrindo ao lado do meu (em tamanho A4, rs), lembrando-me de que estamos juntos por nos amarmos, por vermos no outro aquilo de que precisamos e pelo que vale a pena lutar; e tendo isso em mente, nada do que discutimos há algumas horas tem importância.
Perdi a conta de quantas vezes deixei que pessoas especiais se fossem por erro meu - fosse medo de arriscar, insegurança pessoal, falta de compreensão ou qualquer outro motivo -, em algum momento isso precisava ter fim! Jamais, em 18 anos, conheci quem me fizesse sentir como você faz. É algo acima de felicidade, maior que amor, mais profundo que o próprio ato de "sentir" em si, entende? Não me perdoaria se estragasse tudo o que temos por causa de umas palavras mal-interpretadas, alguma atitude impensada ou o que quer que fosse. 
Não quero que nada, NUNCA, leve embora a sensação de estar completa que você me proporciona. Sei que amanhã tudo pode ser diferente, cada um ir viver sua vida, encontrar um novo amor e todas as palavras e gestos que trocamos podem parecer uma mera ilusão compartilhada... Perdi a conta de quantas vezes pensei sobre isso... Mas concordamos que o que importa é o agora.
AGORA, tudo isso é real. AGORA, eu te amo e você me ama. AGORA, somos felizes. AGORA, estar contigo me faz pensar e sentir que não preciso de mais nada...


"Agora" podia durar para sempre...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Até a volta!

Nada mais há que possa ser dito em minha defesa: estou condenada. Se possível for, joguem-me em uma cela na qual não consiga ver meu reflexo, para evitar que eu seja obrigada a encarar - por um instante que seja - a imagem do meu ser sozinho, sem você por perto.
Já me bastou a dor de vê-lo partir e a sensação de impotência por não ser capaz de fazê-lo ficar ou segui-lo aonde fosse. Nem mesmo a certeza de que seu regresso não tardaria foi suficiente para afastar de mim o fantasma da solidão, então pus-me a chorar. A velha sensação de estarmos cercados de pessoas que nos proporcionam bons momentos e sentirmos doer a falta de uma única - a mais importante de todas -, sabe?
No meu caso, essa pessoa é você.
Depois de mais de três meses, o sentimento de abstinência está de volta. A impaciência constante que diariamente senti enquanto esteve fora do país voltou com tudo, mesmo sabendo que se encontra a pouco mais de 600 km de mim, apenas. O problema maior não reside na distância física; 4 ou 5 dias distantes não matam ninguém, é claro... O mal se encontra em ter que passá-los sem saber como foi seu dia, o que fez, se está bem, feliz. 
Meu Vício, volta logo pra perto de mim, que ficar sem você faz com que eu me sinta como um viciado sem sua droga; nada é capaz de preencher a sua ausência. Volta, que ao chegar vai ser recebido com o amor que sua menina sempre terá para lhe oferecer.
Até a volta, meu amor. Saudade boa só coça no peito quando a pessoa faz diferença no nosso dia-a-dia. :))


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Home, sweet home!

Há quem diga que 'não há lugar como a casa da gente'. Eu, particulamente, não discordo dessa afirmação, mas tenho cá alguns questionamentos e observações de rodapé a acrescentar:
O que define nosso lar? É aquele lugar onde crescemos? Seria onde moram nossos parentes mais próximos? Por muito tempo, acreditei ser a resposta para tal questão bastante óbvia. "Nossa casa é onde moramos, ué", pensava. 
Entretanto, um semestre vivendo longe do tetinho dos meus pais ensinou muitas coisas... E uma delas foi que onde você se sente bem, acolhido e rodeado por aqueles de quem mais gosta, é o lugar que pode verdadeiramente chamar de 'lar'.
O dia de hoje, passado na companhia de pessoas pelas quais tenho tanta afeição, me fizeram refletir sobre a possibilidade de eu ter encontrado o meu "cantinho".
Talvez sim, talvez não. Em todo caso, é muito bom estar de volta. :)









domingo, 14 de julho de 2013

Papo de garota

Do outro lado da rua, a peculiar figura de sorriso contagiante que ela aprendera a amar ia aos tropeços, apressadamente desviando - nem sempre com muito sucesso - de tudo e todos na calçada. Seus olhares se cruzaram e esta não pode evitar um aceno de mão e a tentativa de diálogo que se deu da seguinte maneira, enquanto atravessava a tumultuada faixa de pedestres:
  
- Menina, quanto tempo!
  - Pois é! - respondeu rapidamente, enquanto olhava para os dois lados da rua numa fração de segundos, antes de começar a atravessá-la.
 - Aonde vai assim, tão apressada?
 - Tenho hora no salão, menina! Vou sair com meu ex...
 - Babado! Vai fazer superprodução? Tá querendo voltar, é?!
 - Que nada, menina! Eu quero é que ele veja o que tá perdendo!!

Os olhares já a poucos centímetros de distância transmitiram a cumplicidade feminina que isentava aquela breve conversa da necessidade de maiores detalhes. A mensagem fora recebida com sucesso.
Um largo sorriso se abriu no rosto de cada uma, enquanto voltavam a se distanciar, seguindo seus caminhos novamente por calçadas diferentes. Não havia mais nada a se dizer.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Talvez não seja a hora...

Desde muito nova, ouço as pessoas dizerem a torto e a direito que "tudo tem sua hora". Se essa afirmação é verdadeira, não há motivo para grande parte das minhas preocupações: basta ter paciência e esperar que essa tal hora chegue logo, ué.
Entretanto, até hoje não houve quem fosse capaz de me convencer a sentar, cruzar os braços e simplesmente esperar. Haja sangue de barata, meu Deus! Como posso ver a vida passando por mim, diante destes olhos castanhos que Tu me destes, e não me incomodar com as oportunidades que pareço perder?
Quando não são situações, são pessoas. Tratando-se daquelas, muitas vezes a coisa parece fluir com mais facilidade no ramo da aceitação: "tudo bem, não deu certo, na próxima vai dar, você vai ver..."; um afago, uns tapinhas nas costas e bola pra frente. Pronto. Não há mais com o que se preocupar. Mas quando o ocorrido envolve pessoas, meu chapa, aí a coisa muda de figura. Aí, o buraco é uns 30 andares mais embaixo.
Se você nunca conheceu alguém que poderia ter feito o favor de entrar em sua vida em outra época - seja ela no passado ou futuro -, provavelmente não encontrará sentido neste texto. Todavia, se a situação supracitada lhe parece familiar, vou logo informando que não pretendo fornecer uma solução para tal problema - muito pelo contrário! Ficaria grata se alguém me desse uma luz quanto a isso... -, apenas estou aqui para transmitir meu sentimento de empatia e dizer: Eu te entendo, meu caro amigo ferrado.
Há alguns meses, uma estrela nova surgiu no meu céu. Seu brilho, diferente de todos que eu já vira, me seduziu ao segundo olhar (talvez porque à primeira vista eu estivesse com a visão um tanto afetada, diante de tão ofuscante luz). Encantada, passei a observá-la mais de perto, noite após noite, e isso me levou a descobrir o que eu não queria: aquela estrelinha brilhava para alguém em especial.
Sofri em silêncio - ok, nem sempre de forma tão silenciosa assim, mas enfim -, desejando mais que tudo ter visto tal ser de luz quando seu brilho ainda a ninguém se destinava, talvez na tola esperança de que ele um dia fosse direcionado a mim.
Finalmente, para o que eu poderia chamar na data de 'minha imensa alegria', chegou o dia em que a estrela se tornou livre e passou a destinar toda a sua beleza e esplendor somente a si. Comemoramos juntas essa conquista e acreditei que, daquele momento em diante, tudo seria diferente entre nós...
E foi.
Hoje a estrelinha exibe feliz seu brilho inigualável, para quem quiser ver e admirar! Nem minha, nem de ninguém. Livre e desimpedida, iluminando cada canto como sempre quis e nunca quis. Não minha. Nunca minha.