sexta-feira, 12 de julho de 2013

Talvez não seja a hora...

Desde muito nova, ouço as pessoas dizerem a torto e a direito que "tudo tem sua hora". Se essa afirmação é verdadeira, não há motivo para grande parte das minhas preocupações: basta ter paciência e esperar que essa tal hora chegue logo, ué.
Entretanto, até hoje não houve quem fosse capaz de me convencer a sentar, cruzar os braços e simplesmente esperar. Haja sangue de barata, meu Deus! Como posso ver a vida passando por mim, diante destes olhos castanhos que Tu me destes, e não me incomodar com as oportunidades que pareço perder?
Quando não são situações, são pessoas. Tratando-se daquelas, muitas vezes a coisa parece fluir com mais facilidade no ramo da aceitação: "tudo bem, não deu certo, na próxima vai dar, você vai ver..."; um afago, uns tapinhas nas costas e bola pra frente. Pronto. Não há mais com o que se preocupar. Mas quando o ocorrido envolve pessoas, meu chapa, aí a coisa muda de figura. Aí, o buraco é uns 30 andares mais embaixo.
Se você nunca conheceu alguém que poderia ter feito o favor de entrar em sua vida em outra época - seja ela no passado ou futuro -, provavelmente não encontrará sentido neste texto. Todavia, se a situação supracitada lhe parece familiar, vou logo informando que não pretendo fornecer uma solução para tal problema - muito pelo contrário! Ficaria grata se alguém me desse uma luz quanto a isso... -, apenas estou aqui para transmitir meu sentimento de empatia e dizer: Eu te entendo, meu caro amigo ferrado.
Há alguns meses, uma estrela nova surgiu no meu céu. Seu brilho, diferente de todos que eu já vira, me seduziu ao segundo olhar (talvez porque à primeira vista eu estivesse com a visão um tanto afetada, diante de tão ofuscante luz). Encantada, passei a observá-la mais de perto, noite após noite, e isso me levou a descobrir o que eu não queria: aquela estrelinha brilhava para alguém em especial.
Sofri em silêncio - ok, nem sempre de forma tão silenciosa assim, mas enfim -, desejando mais que tudo ter visto tal ser de luz quando seu brilho ainda a ninguém se destinava, talvez na tola esperança de que ele um dia fosse direcionado a mim.
Finalmente, para o que eu poderia chamar na data de 'minha imensa alegria', chegou o dia em que a estrela se tornou livre e passou a destinar toda a sua beleza e esplendor somente a si. Comemoramos juntas essa conquista e acreditei que, daquele momento em diante, tudo seria diferente entre nós...
E foi.
Hoje a estrelinha exibe feliz seu brilho inigualável, para quem quiser ver e admirar! Nem minha, nem de ninguém. Livre e desimpedida, iluminando cada canto como sempre quis e nunca quis. Não minha. Nunca minha.

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