Ontem sonhei que, dentre as rosas mortas do meu jardim, um botão florescia.
Sonhei que parava para observá-la mais de perto e uma mão me acariciava o rosto, fazendo-me erguer os olhos para encarar o corpo ao qual ela estava ligada. Deparava-me, então, com o sorriso mais encantador que já fitara, num rosto tão familiar que eu parecia conhecer desde antes da minha existência.
Sonhei que dizia-me palavras doces, as quais não conseguia ouvir, tamanha hipnose em que seus lábios me mantinham - mas sabia que eram doces, porque nada diferente disso poderia sair de tão linda boca - e que era capaz de ouvir meus batimentos cardíacos acelerarem em sua presença. E ria disso. Um riso tão gostoso e contagiante que fazia com que até minha alma sorrisse sem eu notar.
Sonhei que lia meus pensamentos e conhecia minhas inseguranças e preocupações; puxava-me, então, para perto e me acolhia em seu peito, no qual eu encaixava perfeitamente e lá permanecia, ouvindo seu coração. Dizia-me, então, que ele só batia daquela maneira quando estava comigo... E eu acreditava.
Sonhei que me olhava nos olhos e fazia-me sentir arrepiar o corpo inteiro uma fração de segundos antes de unir seus lábios aos meus, fazendo-me entender que aquilo era real.
Hoje acordei e um sorriso me veio aos lábios, porque ao olhar para o outro lado da cama me deparei com meu Sonho dormindo a sono solto, despido de preocupações, tão lindo quanto sempre foi.
Abracei-o e voltei a dormir assim, só para sonhar um pouco mais com a realidade gostosa que agora faz parte da minha vida.
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