Haviam sido muitas horas de conversa, é verdade, mas ele sequer sabia seu nome - um apelido, fora tudo o que a garota lhe dera. Ela também estaria nessa situação, não fosse o rapaz ter mostrado seu documento no meio da festa, durante uma discussão sobre o local de nascimento da jovem. Ainda assim, era pouco para acreditar que manteriam contato.
O fato é que aquele era o último dia de sua minoridade e a garota queria aproveitá-lo. Acordara cedo para ajudar na organização de um evento anual da faculdade e desde as 6 da matina já se encontrava no campus, à espera do serviço. Concentrou-se tanto na atividade que até se assustou ao sentir o celular vibrar, indicando o recebimento de uma mensagem. Pegou-o e descobriu se tratar do tal rapaz do dia anterior - haviam trocado telefones depois da festa, mas ela não se convencera de que ele voltaria a dar notícias -, perguntando sobre a garota e o andamento do evento, sempre em seu tom brincalhão.
Conversaram até a hora em que ela terminou seu serviço. Ele, então, a chamou para visitá-lo na república onde contara morar e que ficava bem próxima ao campus. Não tendo compromissos para aquele dia, decidiu aceitar o convite.
A conversa entre os dois fluía - ele sempre a fazendo rir -, até que o rapaz precisou ir para o ensaio da bateria, a qual faria um churrasco naquela noite e ele a convidara para ir.
No fim das contas, ela arrumara um lugar e uma boa companhia para passar a última noite dos 17, que foi marcada por acontecimentos que tempo nenhum a fará esquecer.
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