Um sopro de vida: era o que ele representava.
Aquele sorriso que ela ficava reprisando em sua mente sempre que queria se sentir bem. Os olhos mais brilhantes que já haviam fitado este planeta. A mão que transformava em algo melhor tudo aquilo em que tocava. Não podia ser mais fascinante.
Diante de tamanho espírito de luz - que ainda por cima possuía a serenidade de um monge quando se fazia necessário -, o deslumbramento era inevitável, então quem poderia culpá-la? Fisgada desde o momento em que primeiro haviam cruzado seus olhares, sentia-se sendo puxada para dentro dele com uma intensidade cada vez maior, como um ímã que atrai o metal com mais conforme sua proximidade deste aumenta.
Encontrava-se agora de pés atados, impossibilitada de correr antes que fosse tarde demais. Aliás, talvez já o fosse, como poderia saber? Só sabia que deveria fugir para o mais longe que pudesse alcançar, mas a sensação de estar perto de alguém que a fazia se sentir viva de novo era boa demais para se abrir mão.
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