Há tempos, li essa frase nas coisas de uma grande amiga. Na época, não fez tanto sentido pra mim quanto faz agora. Ah, como era bom permanecer na ignorância. Que fique claro que refiro-me aqui à ignorância em relação ao sentimento de desespero que toma conta de mim em algumas horas perigosas do dia, da necessidade de falar daquele velho assunto, daquela determinada pessoa que me tira o sono e que ocupa grande parte das minhas horas acordada.
Hoje, lembrando dela, foi como se algo dentro de mim lesse cada sílaba com a atenção de um aluno modelo que, sentado à primeira carteira, vê em cada palavra de seu mestre professor a possibilidade de aprender parte do que ele sabe. Minutos antes de recordá-la, estava deitada em meu querido colchão refletindo sobre a dor de sentir algo e querer - precisar, eu diria - falar. Expressar. Gritar aos quatro cantos e estampar em todos os lugares do mundo o que aquilo faz com você. Mas como? Estou farta de indiretas, de frases e imagens em redes sociais que de nada me servem. Queria mesmo era uma conversa franca sobre o assunto, mas como consegui-la quando uma das partes não está aberta a discussões? Eu sinceramente não sei.
Então, depois de muito tempo sendo dominada por pensamentos de "se eu parar de correr atrás, não terá valido a pena todo o esforço inicial" - e por um acaso estava, agora, valendo-me de alguma coisa? -, e "persistindo, eu conseguirei, é só uma questão de tempo até que..." - isto não é um filme e essa busca por um sentimento inexistente em alguém não me levará senão ao fundo de um poço de solidão, remorsos, decepções -, hoje acho que o melhor é deixar. Sim, "largar mão", como costuma-se dizer.
Isso não significa que nada do que senti teve importância, que não foi um aprendizado significativo em minha vida. Muito pelo contrário. Esses meses me ensinaram várias coisas... Amor Próprio e Força de Vontade foram duas delas. Agora preciso lançar mão desse aprendizado para seguir em frente ao longo desses dias que se arrastam, torcendo para que o fim deles não tarde. Sei que, se não encontrar logo uma forma de colocar um pseudo-sorriso no rosto e andar de cabeça erguida ao menos durante o tempo em que estiver ao alcance da sua vista, os próximos dias serão apenas uma continuação do purgatório no qual tenho passado as últimas semanas.
Assim sendo, tenho a obrigação de escrever nem que seja na testa de alguma amiga a tal frase do Caio [que me servirá de meta pelo tempo que se fizer necessário] para garantir que eu a veja sempre que o diabinho da recaída por mim passar.
Energias positivas para mim, ok? Aqui vou eu, encarar mais esse desafio... Vou conseguir, sei que vou... Mas precisarei da Tua ajuda, então dê-me forças, por favor. Amém.
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